Cais Maua

Em defesa de uma parceria público privada em que o que seja público siga-o, e o que é da privada, siga-a!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Auditoria, Plebiscito, Glasnost e perestroika


Glasnost em russo quer dizer "transparência"; perestroika, reconstrução ou reestruturação. O povo de Porto Alegre sente que o governo Fogaça e o governo Yeda fizeram do Cais Maua um projeto ufanista, mas que de fato esconde um mar de propina, esconde um projeto com o DNA da corrupção.  A ideia de transformar um rico espaço, como é hoje, um lindo mirante para o Guaiba, em um supermercado Zaffari na beira do rio é uma agressão ao sentimento da população. Já para os vereadores, é "revitalização". Só se for revitalização do saldo bancário dos políticos, para nós, que nada lucramos com o atual projeto da YEDA para o cais, é um pavor, ou "remortização". Vindo um novo governo, saindo Yeda, temos convicção que Tarso vai convidar o povo da cidade para um plebiscito simples: o cais deve ser público ("marque o número 1") ou pode ser, como desejava a Yeda, ser doado por 50 anos para fazer espigões de escritório futuristas de 50 andares, e um hipermercado hidropônico, sobre palafiitas, dentro do rio, ou seja privado (marque 2). Teremos a convicção que o povo de porto alegre saberá decidir de qual vida a "revitalização" faz referência: uma vida para o povo, pública, ou uma vida mais viva privada. TArso veio para mais transparência, TArso veio para reestruturar estes anos de corrupção que agora vamos enterrrar com um plebiscitos deste tipo!

2 comentários:

  1. Nao ficou claro, caso a populacao escolha um cais publico, aliás o ideal, de onde vira a verba para a construcao? Das verbas de educacao e saude? De empréstimos que o Estado terá que pagar de qualquer maneira depois?
    Por isso foram criadas as PPP, se não há verba ou capacidade para levantar fundos, uma parceria entre público e privado. Isso vem em beneficio da populacao. Vem em beneficio tb dos empresários? lógico.... se vc encontrar alguem caridoso que queira pagar pelo projeto sem receber nada em troca...simplesmente coloque no blog e eu assino em baixo.
    Nem publico, nem privado, mas sim parceria publico-privado.

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  2. Sr João, o que o senhor defina melhor o conceito de "verbas para a construção": o cais, o senhor deve lembrar, já esta construido. Inclusive tem sido palco de interessantes atividades, como bienal e feira do livro, sem que nem apenas 1 milhão tenham sido gastos, quem dirá 500 milhões. Será que o senhor seria tão ingenuo de acreditra na cantilena de que 500 milhões seriam "necessa´rios" nesta reforma. Um segundo ponto que lhe pergunto: no delirante cálculo destes alegados 500 milhões, entra o que? o custos dos prédios privados e do shoping entra? Terceiro ponto, meu ingenuo interlocutor: em um Brasil colosso, este do "nunca antes", este de aumento de 30% de aumento de impostos ano, este dos magistrados e politicos com ordenados em crescimento, falta dinheiro para o estado re-urbanizar uma praça, ou uns galpões na beira rio? Pois se a resposta é "falta", temos que imediatamente"dispensar" o estado, pois ele se converteu em uma entidade que serve apenas a si mesma. Caso nosso estado não possa por dois bancos e criar um centro de eventos no cais, por falta de recurso, este estado é um absurdo filosófico perigoso e sem sentido. Evidentemente que temos que decidir: ou acreditamos que somos a oitava potencia mundial e viemos crescendo, ou seguimos com seu discurso de coitadismo terceiromundista, um pouco inadequado para o tamanho dos nossos impostos, de nossa arrecadação e de nosso espirito de "neo-milagre-econômico". Caso me permita um ultimo comentário, queria lembrar, que em último caso sempre existe e a Pepsi: todo o Teatro São Pedro, todo a Fundação Ibere foi feita com dinheiro da inciciativa privada, uma enorme parceria, como o senhor defende, mas uma "parceria" que não tirou da cidade. Nos dosi exemplos, empresas deram para a cidade e -salvo algum eventual incentivo fiscal- não levaram um naco de terreno para si. Nos dois casos, a parceria agregou sem nada tirar ao público. Na PPP do cais, com perdão da ironia, é exatamente o contrário: o privado não agrega coisa alguma, e apenas se serve do público. O senhor consegue entender agora, neste nível de explicação?

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