Cais Maua

Em defesa de uma parceria público privada em que o que seja público siga-o, e o que é da privada, siga-a!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Entregar o Cais da Mauá para a rede Hilton é o mesmo que lotear o Parcão




O governador Jaime Lerner, cacique do PMDB (base da governadora Yeda), não é um urbanista renomado, nem tarimbado. Sua firma de urbanismo tem um projeto feio para o cais de Porto Alegre, agressivo esteticamente, com torres flutuantes, que não abre espaço para cultura. Precisamos de urbanistas melhores, idéias melhores. Precisamos de uma firma internacionalemte confirmada para fazer este projeto.

Os projetos de Museu de arte moderna (MAC), bienal e feira do livro são mais de uso da população que dois hotéis de luxo. Até mesmo para o turismo, o melhor não é fazer prédios, muito menos prédios privados, menos ainda prédios flutuantes no estilo DUBAI. O melhor seria um oceanário, uma alameda de passeio, um negócio aberto, até um píer. Poderia ter praia artificial, se fosse feito uma elevação do nível do fundo do cais, fazendo largas piscinas públicas. Restaurantes+ passeio é uma excelente idéia. Um projeto que venha da ponte do Guaiba até o gasometro.

Mas essa “entrega” de um dos espaços mais bonitos da cidade para a rede de hotéis Hilton e Softel, é um acinte a lei, que reserva áreas de orla para uso público e cultural. É um acinte ao bom gosto, os prédios são feios, não vão trazer turistas. E sobretudo é um acinte ao bom senso: privatizar para o uso de dois hospedes da rede Hilton a área, deixando a população do lado de cá do muro, é agressivo. É o mesmo que lotear o Parcão para fazer um condomínio fechado: pode ser mais seguro e dar menos custo para o estado. Mas é imoral!

O projeto de Barcelona e de Buenos Aires não tem - que se saiba- torres privadas flutuantes no meio do caminho.

Senhores gestores, achamos que o cais é público, não esta à venda. O muro da vergonha esta ainda mais ruborizado com essa deste gestores.

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